Será má educação emocional?
Vivemos numa era em que cada vez mais os nossos sentimentos são vistos como um bicho papão. Não os percebemos e não fazemos por os perceber, não há tempo…
Há uma desconexão interior e não sabemos mais distinguir o que é medo, angústia, raiva e tristeza.
Por outro lado, se nos custa admitir para nós próprios os nossos sentimentos menos “perfeitinhos”, quanto mais abrir essa janela ao mundo.
- Afinal sou ou não sou uma “mulher de armas”?
- Tenho ou não uma varinha mágica com poderes sobrenaturais e uma capa de heroína?
- Na verdade se todos à minha volta são perfeitos e felizes como posso mostrar o contrário? Sabem?
“Toda a gente” fica triste, “toda a gente” chora e talvez “toda a gente” tenha as mesmas interrogações. A verdade é que não estamos com “toda a gente” 24 horas por dia e muito menos lhes lemos os pensamentos.
Admitir Sentimentos
Quando não admitimos os nossos sentimentos ou lhe queremos pôr um verniz por cima, facilmente eles ganham uma dimensão superior e, por exemplo, a tristeza pode transformar-se em ansiedade. E que tal entrar em contacto com a dor, mergulhar nela e, aos poucos, resolvê-la? É mais fácil colocar o verniz! Mas este verniz, muitas vezes pode levar a um escape mais tóxico, que num futuro não é qualquer acetona que o tira.
Claro que tudo isto opera ao nível do subconsciente e por isso não percebemos que o nosso diálogo interno mais reptiliano há-de dizer algo do género “Não vou olhar para isso, vou comer” (ansiedade – alimento – compensação).
Controlo Emocional
É importante aprender a ficar no desconforto e a preencher o vazio emocional racionalmente, para que num futuro não se tenha que concertar um mas dois problemas.
Hoje consigo gritar aos sete ventos que não é vergonha ter uma dor emocional. Hoje consigo gritar aos sete ventos que admitir os nossos sentimentos é um ato de coragem e de altruísmo para connosco e para com os que nos querem bem. Esta coragem e altruísmo não são mais do que auto-responsabilização.
Isto é a chave para dar um chega para lá no desequilíbrio emocional e receber de braços abertos os sentimentos menos “perfeitinhos” que, ao que parece, todo o comum mortal tem.
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